Alpinistas de postes de eletricidade em tribunal: protesto contra a energia nuclear causa excitação!
Em 11 de setembro de 2025, um ativista pró-energia nuclear apresenta-se perante o tribunal distrital de Schweinfurt por invasão de propriedade. O pano de fundo são os protestos contra a explosão de torres de resfriamento em Grafenrheinfeld.

Alpinistas de postes de eletricidade em tribunal: protesto contra a energia nuclear causa excitação!
Numa reviravolta emocionante, um homem de 38 anos comparecerá perante o Tribunal Distrital de Schweinfurt a partir de quinta-feira. Ele é acusado de invasão de propriedade depois de escalar um poste de energia na área restrita da usina nuclear de Grafenrheinfeld no ano passado, em 16 de agosto de 2024, para evitar que as torres de resfriamento explodissem. O caso não só levanta questões jurídicas, mas também destaca a controvérsia em curso em torno da energia nuclear na Alemanha, que continua a mobilizar gerações de pessoas até hoje.
O activista, conhecido nos círculos pró-energia nuclear, não aceitou uma multa de 3.000 euros porque defende as suas crenças. Mas não só isso! O operador da central PreussenElektra exige também uma indemnização de cerca de 12.000 euros pelo atraso na demolição, que foi atrasada cerca de 90 minutos devido ao seu protesto.
Um dia inesquecível de demolição
No dia da demolição, às 18h30, milhares de espectadores aguardavam o espetáculo das duas torres de resfriamento que acabariam sendo explodidas. Mas o que aconteceu? Em vez do estrondo esperado, a presença do ativista no mastro causou confusão e inquietação. As forças policiais finalmente tiveram que intervir e tirar o homem de seu lugar alto antes que a demolição pudesse ser realizada às 19h56. Houve fortes explosões parecidas com trovões quando a primeira torre de resfriamento caiu, seguida por uma segunda explosão que desapareceu na poeira.
A demolição em si foi intensamente preparada com antecedência e durou quase um ano. As quatro das cinco linhas de alta tensão de 380 quilovolts, que foram desligadas por volta das 17h20, são cruciais para o fornecimento de eletricidade em toda a Europa. Muita poeira nos isoladores poderia causar sérios transtornos na rede elétrica, o que aumentaria a pressão sobre os organizadores.
Uma olhada na história dos protestos contra a energia nuclear
O caso do activista de Schweinfurt não é isolado. Se dermos um passo atrás e olharmos para a história da energia nuclear na Alemanha, a oposição contínua à energia nuclear torna-se clara. A historiadora Astrid Mignon Kirchhof explica que os protestos de décadas associados ao movimento antinuclear deram um contributo decisivo para envolver a população na procura de um repositório final. Após mais de 50 anos de história, a última central nuclear da Alemanha foi encerrada em 15 de abril de 2023 – um marco que simboliza o desenvolvimento dos protestos neste setor.
A discussão sobre a energia nuclear continua viva. Independentemente de se tratar dos perigos da energia nuclear ou das oportunidades associadas, o debate moldou a sociedade alemã. Os actuais desafios da política energética, especialmente tendo em conta o conflito na Ucrânia, continuam a lançar uma sombra sobre esta questão. A oposição à produção de energia nuclear está profundamente enraizada e continua através de novas gerações de activistas que lutam por um futuro energético mais justo e mais seguro.
Os acontecimentos em Grafenrheinfeld e o próximo julgamento em Schweinfurt são indicadores claros de que a luta pela energia nuclear é uma história que continua. Afinal, a resistência à energia nuclear não é apenas uma questão de crença em energias alternativas, mas também nos valores da democracia e do protesto legítimo, como observa o historiador Frank Uekötter.
Os próximos dias mostrarão como o caso do activista irá evoluir e se isto irá potencialmente abrir outro capítulo na história dos protestos contra a energia nuclear na Alemanha.
Para obter mais informações sobre esses tópicos, você pode ler a cobertura de Meu Charivari, BR e Funk alemã acompanhar.